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Polo tecnológico suíço atrai empresas de Fintech

Um polo tecnológico é uma região em que se concentram empresas, indústrias, pesquisadores e laboratórios que conversam e compartilham experiências entre si. Um dos mais conhecidos do mundo é o Vale do Silício, localizado na Califórnia (EUA) e casa de grandes companhias, como Apple, Microsoft e Google. Porém, existem outros polos altamente conectados espalhados pelo planeta. Na Suíça, um dos mais famosos é o Crypto Valley, baseado no cantão de Zug.

Polo tecnológico suíço atrai empresas de Fintech

Um pouco de história

A região suíça ganhou o nome de Crypto Valley por causa do grande número de empresas no setor de segurança digital instaladas por lá. São cerca de 23 companhias focadas em serviços inovadores, como FinTech (tecnologia focada em finanças), moedas e algoritmos criptografados e certificados digitais.

O polo não possui uma data de fundação exata. Isso porque a região sempre foi conhecida por abrigar empresas de segurança. “A Crypto AG, que foca em produtos de criptografia, por exemplo, está ali há mais de 50 anos. A alcunha, entretanto, só surgiu muito tempo depois quando um grupo de companhias com interesses em comum formou uma associação”, explica Umberto Annino, vice-presidente da Associação Suíça de Segurança Cibernética.

Outra empresa que está instalada no local é a Bitcoin Suisse AG, banco que só trabalha com a moeda digital. Aliás, o país dá uma grande importância para o Bitcoin. Em maio de 2016, a Suíça foi a primeira nação do mundo a aceitar que seus habitantes pagassem serviços governamentais com o dinheiro. Mas a ação está restrita a apenas um cantão: Zug, claro.

Imã de empresas

“A Suíça é mundialmente conhecida por seus serviços financeiros e bancos. Por isso, o país tem interesse no desenvolvimento de tecnologias para essa área, em blockchain e na criação de startups nesse campo”, afirma Annino. Além de ser um atrativo para empresas do setor, o país tem outras características que chamam a atenção de companhias ao redor do mundo.

A Suíça é reconhecida por sua posição politicamente estável e por ter universidades politécnicas renomadas em Zurique e Lausanne, o que faz com que a mão-de-obra seja qualificada. Além disso, oferece um alto padrão de vida e tem uma lei de privacidade muito restrita.

Ao falar especificamente de Zug, o cantão é atraente por conta de dois motivos principais: os impostos são mais baixos em comparação aos praticados em outras regiões da Suíça e a simplicidade na hora de fundar uma companhia. Se quiser conferir dicas para se instalar no país, basta acessar e fazer o download do manual para investidores “Estabelecer uma empresa na Suíça”.

Vale destacar que, por mais que a Suíça tenha interesse em empresas e startups estrangeiras, o país tem um conceito um pouco diferente em relação à cultura do empreendedorismo pregada no Vale do Silício. “Se um empreendedor falhar nos Estados Unidos, isso não é considerado algo negativo. Na Suíça, entretanto, um empreendedor só é considerado bem sucedido se o seu negócio obter sucesso. Se a companhia falhar, não existe muito aquele espírito de ‘vou tentar de novo’”, alerta Annino.

Antes de apostar às cegas, é importante conhecer o ambiente em que você está se inserindo e ter a certeza de que seu projeto é inovador e atraente. Ao aliar estes fatores, é quase certeza de que seu negócio irá decolar em solo europeu. Como lembra Annino, as empresas estrangeiras são sempre bem-vindas na Suíça. E essa regra não podia ser diferente no Crypto Valley.

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